GÊNERO, OPRESSÃO E HORROR CÓSMICO: A CARACTERIZAÇÃO DE LAVINIA WHATELEY EM O HORROR DE DUNWICH, DE H.P. LOVECRAFT

Autores

  • Roberto Rossi Menegotto Universidade de Caxias do Sul
  • João Claudio Arendt

DOI:

https://doi.org/10.18305/scripta%20uniandra.v17i1.1278

Resumo

Em O horror de Dunwich, romance de horror cósmico de H. P. Lovecraft, percebe-se a opressão sofrida pela personagem Lavinia Whateley, imposta por seu pai, o Velho Whateley, e por seu filho, Wilbur Whateley. Mulher, albina e com deformações, Lavinia é privada de condições de igualdade social, manipulada para aceitar uma religião baseada em adoração de seres horripilantes e oferecida, pelo pai, para servir de gestante da prole da entidade Yog-Sothoth. Em vista disso, o objetivo deste artigo é analisar os símbolos que estruturam três contextos em que a disparidade, entre gêneros feminino e masculino, é evidenciada, de modo que se perceba a caracterização negativa da personagem Lavinia Whateley. O amparo bibliográfico é oriundo de autores como Gilbert Durand (1995; 1998; 2002), Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2017), H. P. Lovecraft (2007), Michelle Perrot (1991a; 1991b), Pierre Bourdieu (2012) e Simone de Beauvoir (1980a; 1980b).

Palavras-chave: O horror de Dunwich. H. P. Lovecraft. Lavinia Whateley. Gênero. Símbolos.

 

DOI: 10.5935/1679-5520.20190003

 

Biografia do Autor

Roberto Rossi Menegotto, Universidade de Caxias do Sul

Bolsista PROSUC/CAPES no Programa de Doutorado em Letras da Universidade de Caxias do Sul. Mestre  em Letras, Cultura e Regionalidade pela Universidade de Caxias do Sul. Graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e Comunicação Social – Jornalismo, também pela Universidade de Caxias do Sul. E-mail: roberto.rmenegotto@gmail.com

João Claudio Arendt

Doutor em Letras pela PUCRS (Teoria Literária) com Estágio Pós-doutoral pela Universidade Livre de Berlim. E-mail: joaoarendt@gmail.com

Referências

BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo: fatos e mitos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, v. 1, 1980a.

______. O segundo sexo: a experiência vivida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, v. 2, 1980b.

BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução de Vera da Costa e Silva et al. Rio de Janeiro: José Olympio, 2017.

DANIELS, C. L.; STEVANS, C. M. (orgs.). Encyclopedia of superstitions, folklore, and the occult sciences of the world. Chicago: University of Michigan Library, v. 2, 1903.

DURAND, G. A imaginação simbólica. Lisboa: Edições 70, 1995.

______. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

______. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 1998.

ELIADE, M. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 2002.

LOVECRAFT, H. P. O horror de Dunwich. São Paulo: Hedra, 2012.

______. O horror sobrenatural em literatura. São Paulo: Iluminuras, 2007.

PERROT, M. Dramas e conflitos familiares. In: PERROT, M. (org.) Da Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, v. 4, 1991a. p. 263-285

______. Figuras e papéis. In: ARIÈS, P.; DUBY, G.; PERROT, M. Da Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, v. 4, 1991b. p. 121-185

______. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.

______. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

ROAS, D. A ameaça do fantástico: aproximações teóricas. Tradução de Julián Fuks. São Paulo: Editora Unesp, 2014.

DOI: 10.5935/1679-5520.20190003

Downloads

Publicado

2019-06-07