{"id":15006,"date":"2018-07-10T11:57:42","date_gmt":"2018-07-10T14:57:42","guid":{"rendered":"https:\/\/uniandrade.br\/?p=15006"},"modified":"2021-07-29T14:46:59","modified_gmt":"2021-07-29T17:46:59","slug":"a-historia-do-rock-afinando-os-instrumentos-parte-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/uniandrade.br\/blog\/a-historia-do-rock-afinando-os-instrumentos-parte-2\/","title":{"rendered":"A Hist\u00f3ria do Rock \u2013 Afinando os instrumentos (parte 2)"},"content":{"rendered":"
Enquanto nos Estados Unidos temos a \u201cpasteuriza\u00e7\u00e3o\u201d do Rhythm and Blues<\/em> em Rock (isso vai mudar de figura em alguns anos, mas chegaremos l\u00e1), do outro lado do Atl\u00e2ntico a coisa era um pouco diferente.<\/p>\n A influ\u00eancia do Rhythm and Blues<\/em> tamb\u00e9m foi marcante em muita gente da terra da Rainha, com figuras como Chuck Berry, Little Richard e Elvis Presley, mas, o que realmente reinava no Imp\u00e9rio Brit\u00e2nico era o Blues<\/em>. E a partir dele \u00e9 que a evolu\u00e7\u00e3o do g\u00eanero mais popular da hist\u00f3ria ganhou novas for\u00e7as e se restabeleceu.<\/p>\n Bandas como Rolling Stones, Yardbirds, Bluesbreakers (com John Mayall e por onde passaram m\u00fasicos do naipe de Eric Clapton \u2013 que far\u00e1 o Cream, ao lado de Ginger Baker e Jack Bruce; Mick Taylor \u2013 que substituir\u00e1 Brian Jones, nos Rolling Stones e Peter Green \u2013 um dos fundadores do Fleetwood Mac) possu\u00edam uma clara inclina\u00e7\u00e3o para o Blues<\/em> e o Rhythm and Blues<\/em> (como era concebido, antes de se tornar Rock<\/em> \u2013 um depoimento marcante sobre essa quest\u00e3o \u00e9 o de Keith Richards ao dizer que o que os Rolling Stones faziam era Rhythm and Blues<\/em> e n\u00e3o Rock<\/em>, que ele associa \u2013 como muitos outros, \u00e0 m\u00fasica pop) e fizeram disso seu cart\u00e3o de visitas.<\/p>\n Muitos dos grupos e artistas que brilhar\u00e3o nas d\u00e9cadas seguintes possuem como centro embrion\u00e1rio o n\u00facleo duro do Blues<\/em> e do Jazz<\/em> dos Estados Unidos. Figuras como Muddy Waters, Howling Wolf, B.B. King, Bo Diddley, Little Walter, Robert Johnson e Willie Dixon, al\u00e9m de in\u00fameros outros artistas que se tornaram cl\u00e1ssicos, faziam a cabe\u00e7a, os ouvidos e os cora\u00e7\u00f5es dos jovens ingleses, tendo uma influ\u00eancia decisiva naquilo que daria o timbre caracter\u00edstico daquelas que se tornariam as refer\u00eancias do que mais tarde seria o Rock<\/em> como o consideramos hoje.<\/p>\n Essa influ\u00eancia produzir\u00e1 entre os jovens brit\u00e2nicos o fen\u00f4meno das bandas musicais Skiffle<\/em> (um tipo de m\u00fasica Folk<\/em> com influ\u00eancia do Jazz<\/em> e do Blues<\/em> que se utilizava de instrumentos improvisados), muitos m\u00fasicos que fizeram sucesso em bandas famosas come\u00e7aram com o Skiffle<\/em>: Jimmy Page, Ronnie Wood, Ritchie Blackmore, Marc Bolan e John Lennon, s\u00f3 pra citar alguns).<\/p>\n Na contram\u00e3o do que acontecia nos Estados Unidos com o surgimento da m\u00fasica pop e suas letras banais e de f\u00e1cil aceita\u00e7\u00e3o, na Inglaterra o fato de n\u00e3o existirem as mesmas barreiras raciais criou um tipo de som com caracter\u00edsticas pr\u00f3prias, deslocando o foco de refer\u00eancias e permitindo uma produ\u00e7\u00e3o musical mais complexa, ainda que tocando sucessos populares nos Estados Unidos,<\/p>\n As influ\u00eancias do Rhythm and Blues<\/em>, Soul<\/em> e Gospel<\/em> criaram um timbre com identidade pr\u00f3pria. E mais do que isso, serviram al\u00e9m de um embri\u00e3o de novas tend\u00eancias, tamb\u00e9m como uma contextualiza\u00e7\u00e3o para que o p\u00fablico estivesse prop\u00edcio \u00e0s novas tend\u00eancias musicais que surgiriam na \u00e9poca seguinte \u2013 o momento talvez mais significativo para criar a identidade do que o Rock<\/em> e todas as suas implica\u00e7\u00f5es est\u00e9ticas e sociais iria se tornar.<\/p>\n Para acompanhar essa mudan\u00e7a, vale a pena ouvir algumas can\u00e7\u00f5es marcantes, tais como: Move It<\/em>, com Cliff Richard; The Rumble<\/em>, com The Shadows; Gotta Move<\/em>, com Alexis K\u00f6rner; Boys<\/em>, com os Beatles (vocal impec\u00e1vel de Ringo Star); Roll Over Beethoven<\/em>, com os Rolling Stones (num cover de Chucky Berry). Cheating<\/em>, com The Animals; You Really Got Me<\/em>, com The Kinks; Heart Full Of Soul<\/em>, com The Yardbirds; Crawling Up A Hill<\/em>, com John Mayall & The Bluesbrakers; Big<\/em> Boss Man<\/em>, com The Pretty Things; My Generation<\/em>, com The Who e That\u2019llBe The Day<\/em>, com The Quarrymen; entre tantos sucessos e op\u00e7\u00f5es.<\/p>\n Continue acompanhando nossa jornada pela hist\u00f3ria do Rock, hoje ainda \u00e9 s\u00f3 o segundo dia.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Enquanto nos Estados Unidos temos a \u201cpasteuriza\u00e7\u00e3o\u201d do Rhythm and Blues em Rock (isso vai mudar de figura em alguns anos, mas chegaremos l\u00e1), do outro lado do Atl\u00e2ntico a coisa era um pouco diferente. A influ\u00eancia do Rhythm and Blues tamb\u00e9m foi marcante em muita gente da terra da Rainha, com figuras como Chuck […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":15014,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jf_schedule_form":"","footnotes":""},"categories":[153],"tags":[272],"yoast_head":"\n