Língua Portuguesa: Oralidade versus Escrita – Confira algumas dicas úteis da nossa língua!

Ah… A língua portuguesa é tão linda quando utilizada corretamente, não é mesmo? Quem nunca ouviu essa frase, que atire a primeira pedra!

Sabemos que a língua formal não é utilizada com constância na oralidade, mas na escrita ela precisa ser observada.

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A oralidade é igual uma roupa, deve ser utilizada de acordo com o ambiente em que estamos inseridos. Um exemplo disso, para você entender melhor é: mesmo que você seja advogado e no seu ambiente profissional costume usar trajes sociais, se você for à praia esses trajes irão parecer inapropriados para areia, sol e mar, então a opção é colocar algo mais leve que combine com a praia.

Da mesma forma, é a língua portuguesa; a oralidade formal é questão de estética, ela não precisa ser utilizada para cumprir a sua principal função social que é a comunicação. Imagine que estranho seria em uma conversa casual, no barzinho com os amigos, você ficar utilizando palavras rebuscadas, pareceria artificial, não é mesmo? E uma das características da fala é, justamente, ser natural. Imagina, ficar se policiando para falar? Seria muito chato, não é mesmo?

Já a escrita é uma representação da fala. Partindo do pressuposto de que a escrita é um sistema, ela possui regras gramaticais que precisam ser levadas em consideração. Principalmente se você está em um ambiente acadêmico, não pode dar bola fora, escrevendo errado, não é mesmo? No meio profissional também é extremamente importante que você escreva certinho, cada vírgula no seu lugar. Escrever corretamente denota profissionalismo, no ambiente de trabalho e no meio acadêmico denota dedicação. Imagina um professor, recebendo entre os trabalhos um texto todo mal estruturado, cheio de erros gramaticais e sem coerência? 

Ah, mas eu nunca posso escrever fora das normas gramaticais? Pode sim! Você não precisa ser um exímio redator o tempo todo. Nas redes sociais, por exemplo, você pode abreviar o quanto quiser, não precisa se policiar tanto e numa conversa pelo whatsApp, a formalidade extrema pode deixar você parecendo um chato e não queremos isso, não é mesmo?

O que você deve ter em mente é que a fala aproxima, enquanto a escrita distancia.

Como assim?

Ora, durante a fala, falante e ouvinte estão próximos uns dos outros. Se o falante disser algo que o ouvinte não entendeu pode corrigir na hora e explicar o que quer dizer realmente.

Já na escrita, o leitor não vai ler o texto no exato momento em que ele foi redigido, diante disso, é fundamental que a escrita seja clara e aí entram as normas gramaticais.

As normas gramaticais, nada mais são do que uma convenção social para que a comunicação escrita seja efetiva. Por isso, nós precisamos apropriar-nos da norma culta para que nos façamos entender através do que escrevemos.

 Outro ponto importante que deve ser observado na língua portuguesa é a existência de muitas palavras com pronúncia parecida, contudo se forem escritas com uma letra ou acento diferente mudam completamente de significado e isso pode afetar negativamente o seu texto, alterando o sentido do que você queria dizer.

Então, vamos ao que interessa e vamos conferir algumas dicas úteis acerca da língua portuguesa:

O que não poderia faltar nas nossas dicas é o clássico que muitas pessoas confundem e para não cometer gafes nas redações anota aí:

• MAS x MAIS

Uma letrinha apenas que diferencia essas duas palavrinhas e altera o significado completamente. Por isso, é importante saber a diferença entre o “mais” e o “mas”.

MAS =  significa oposição ou restrição ao que foi dito, liga uma oração a outra.

Uma dica legal para você não errar ao empregar o mas é conferir se ele pode ser substituído por porém.

Exemplo: “Maria almoçou, mas ficou com fome.”

MAIS = significa adição.Por isso, não pode ser utilizado no lugar do mas. Percebe, como o significado é completamente outro?

Exemplo: “Maria comeu mais uma maçã”

• Uso dos porquês

O uso dos porquês sempre causa receio na hora da escrita, porque tantos porquês? São várias formas de diferenciar um porquê do outro e vamos elencar as mais simples para que você memorize e utilize sem medo na prova ou na redação.

Por que =  sem acento e separado, é utilizado em perguntas, tendo como significado “por qual motivo” ou “por qual razão”.

Exemplo: “Por que você está atrasado?”

Por quê = com acento e separado, também possui o significado de “por qual motivo”, deve ser utilizado em perguntas ou frases antes do pontos, seja interrogação, exclamação ou ponto final.

Exemplos: “Eu estou cansada e nem sei por quê.”

“Vocês não realizaram o trabalho? Por quê?

Porque = sem acento e junto, é utilizado em respostas como justificativa ou para explicar algo. Pode ser substituído por pois ou “uma vez que”.

Exemplo: “Maria não comeu pastel porque está de dieta.”

Porquê = com acento e junto, tem significado de motivo ou razão e sempre está acompanhado de uma determinante, seja artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplo: “Diga-me o porquê ainda não concluiu suas tarefas.”

Existem boatos de que nas redes sociais, as pessoas abreviam “pq” porque não sabem as regrinhas dos porquês. Agora que você já sabe, não vai mais precisar abreviar, héin?

• Ora x Hora

E agora, qual hora? ora?

 Hora = refere-se a tempo, aquele que pode ser cronometrado ou contado no relógio

Exemplo: “Estarei na escola daqui a uma hora” ou “Esse carro faz trinta km por hora”

Percebe que nas duas orações o emprego da palavra hora refere-se ao tempo do relógio? Então para não ter erro, contextualize a frase e se ela fizer alusão a tempo que pode ser contado em minutos, horas ou segundos, o hora é com h.

Ora = significa agora, neste momento ou por enquanto.

Exemplo: “Estou sem nada para fazer, por ora” 

Nesta oração, eu estou sem nada para fazer neste momento. Sem uma definição precisa. Entendeu?

Por ora, é isso! 

E aí, curtiu? 

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