Psicologia Comportamental

Psicologia comportamental é uma das áreas específicas dentro da própria psicologia que também pode ser chamada de behaviorismo.

O termo behaviorismo vem do inglês behavior, que significa comportamento.

Alguns especialistas que contribuíram para a psicologia comportamental foram B. F. Skinner, Watson e Pavlov.

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O quê é Psicologia Comportamental?

A psicologia comportamental acontece com base em comportamentos e estímulos. Ela aborda quais estímulos incitam determinados comportamentos e o porque das pessoas responderem a esses estímulos.

O behaviorismo estuda o comportamento com base no meio em que a pessoa está inserida e nos estímulos que o indivíduo recebe.

Principais representantes da Psicologia Comportamental

A Psicologia comportamental possui um conjunto de teorias e seus estudos são debatidos por diversos autores.

Dentro da Psicologia comportamental existem várias linhas de pesquisa. As principais que inspiram os estudos nessa área são a psicologia de John B. Watson e a de Berrhus Frederic Skinner.

Condicionamento clássico e condicionamento operante

O principal pressuposto para os comportamentalistas ou behavioristas é que todo comportamento pode ser adquirido ou ensinado através de condicionamentos. Ou seja, as condições externas influenciam diretamente no comportamento do ser humano e também dos animais.

O mais clássico dos condicionamentos está relacionado com a escola do behaviorismo clássico ou do  behaviorismo metodológico. Já o condicionamento operante está relacionado à escola do behaviorismo radical.

Behaviorismo Metodológico

Os estudos behavioristas metodológicos foram a base para a teoria de John B. Watson. Essa linha de pesquisa descarta os comportamentos baseados em emoções ou sentimentos e  estudos que relacionam o comportamento à mente, adotando o conceito de que o comportamento provém de observação e experimentação.

Essa teoria diz que o comportamento pode ser completamente previsível quando empregado certos estímulos. O que leva à conclusão de que podemos fazer com que o outro se comporte exatamente da maneira que desejamos, basta empregarmos os estímulos certos que o impulsionem para tal comportamento.

No âmbito educacional, a teoria behaviorista metodológica sugere que o comportamento dos alunos pode ser moldado e que a escola pode formar o caráter desejado na criança, possibilitando que a mesma exerça qualquer profissão que escolham para ela. 

Uma escola tecnicista por exemplo, formaria alunos com perfil técnico aptos a ingressarem no mercado de trabalho.

Condicionamento Clássico: “O cão de Pavlov”

Uma das experiências mais conhecidas na psicologia comportamental é a “cão de Pavlov”. Essa experiência foi realizada com um cachorro que produzia saliva ao ver comida e além disso, a qualquer sinal que recebesse a chegada do seu alimento. 

Com essa experiência, Pavlov conseguiu treinar cachorros a produzir saliva até mesmo quando a comida não estivesse ali de fato.

O que Pavlov fez foi bem simples, mas foi um grande passo para a psicologia comportamental.

O psicólogo tocava um sino toda vez que colocava alimento para os cachorros. Realizou isso repetidas vezes até que os animais passaram a associar o som do sino à chegada da comida.

Então Pavlov passou a apenas tocar o sino o que imediatamente fazia os cães salivarem, uma vez que o som do sino os lembrava da comida, mesmo que seus potes estivessem vazios.

O som associado à hora de comer os fazia lembrar da comida e eles produziam o comportamento esperado pelo psicólogo, que era salivar ao som do sino mesmo com ausência de comida.

 A partir disso, chegou à conclusão de que os seres vivos, fosse humano ou animal, já nasce dispondo de determinados reflexos quando frente a ações específicas.

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Condicionamento clássico: Pequeno Albert

Outro experimento da linha de pesquisa do condicionamento clássico foi realizado por John B. Watson em parceria com uma aluna de pós-graduação chamada Rosalie Rayner. 

O experimento  dessa vez utilizou um bebê de nove meses ao invés de cachorros, o nome do bebê era Albert.

O pequeno Albert morava em um orfanato e apresentava um comportamento tranquilo. Watson e Rosalie expuseram o pequeno Albert a  uma série de estímulos que a princípio não assustaram o bebê, como um rato branco, um coelho, um algodão, lã e até um jornal em chamas.

 O que Watson e Rosalie fizeram foi deixar o bebê, a princípio com o rato que de primeira não causava medo nenhum ao pequeno Albert.

O bebê tentava brincar com o rato e nesse momento a dupla fazia um barulho muito alto com o martelo levando o pequeno Albert a chorar.

Fizeram isso repetidas vezes, até que o bebê não podia ver o rato que já sentia medo e começava a chorar mesmo antes de ouvir o barulho do martelo. Ou seja, o bebê passou a associar ratos branco com barulhos muito altos de martelo que provocam nele medo e choro.

O pequeno Albert, foi submetido durante cerca de um ano a tais testes, associando vários elementos que de primeira não lhe causavam medo, ao som alto que Watson e sua assistente faziam e em todas as vezes a associação do elemento ao som assustador fazia o bebê chorar mesmo antes do som ser produzido.

Albert, foi exposto a uma série de experimentos que incitavam medo em nome da ciência. Lamentavelmente, ao final dos experimentos, o bebê alterou seu comportamento tranquilo e calmo para um comportamento com ansiedade e  crises de angústia.

O doutor Watson e a sua assistente da pós graduação conseguiram o resultado esperado, que era o choro e o medo quando frente a um estímulo que antes não causava nenhum efeito no pequeno Albert. Experimento que hoje pode ser considerado questionável.

Behaviorismo Radical

Em oposição ao behaviorismo metodológico, surgiu o behaviorismo radical com o psicólogo Skinner. 

Essa linha de pesquisa considera que os comportamentos observados eram frutos de manifestações externas de processos invisíveis como o autocontrole, o pensamento, etc.

Porém, Skinner defende que é mais conveniente estudar os comportamentos observáveis. O psicólogo sugere que as emoções não originam a conduta, uma vez que também fazem parte do modo de agir. Ele diz que o comportamento  não é consequência do livre arbítrio, mas consequência de atos realizados, sejam positivos ou negativos.

Skinner deixou uma grande contribuição para o que hoje é conhecido de condicionamento operante. Esse método de aprendizado acontece por meio de reforços positivos ou negativos e também por meio de punições.

O objetivo dessa teoria é entender e analisar a relação entre os comportamentos de um ser vivo e o seu ambiente.

Segundo Skinner, os comportamentos são reforçados com base nas suas próprias consequências. Ou seja, o indivíduo busca sobreviver, proteger-se e se realizar. E à medida que alcança o seu objetivo, o seu comportamento se repetiria. Como se pensasse, se deu certo uma vez, vou fazer novamente.

Esse comportamento por repetição é chamado de operante e quando é seguido de um reforço positivo, a probabilidade dele acontecer novamente, aumenta. Mas quando o comportamento é seguido de uma punição, a tendência desse comportamento ser repetido diminui consideravelmente.

Basicamente, a teoria behaviorista operante sugere que para um comportamento desejado ser realizado, o indivíduo deve ser incentivado por meio de uma recompensa, mas se o comportamento for indesejado, o indivíduo deve ter uma punição para não se comportar de tal forma.

 O que é reforço (positivo ou negativo) e Punição

Os reforços que podem ser positivos ou negativos, possuem o objetivo de estimular a repetição de comportamentos por meio de uma recompensa positiva.

O reforço positivo, como você pode imaginar, é quando algo positivo é utilizado como recompensa. Por exemplo, é oferecido alimento para ensinar um novo comportamento. Aqui podemos citar o exemplo dos adestradores que, geralmente, utilizam dessa psicologia para adestrar os animais, oferecendo biscoito ou similares como recompensa quando os animais adotam o comportamento esperado.

O reforço negativo ocorre quando algo ruim é removido, por exemplo: uma corrente elétrica é interrompida para ensinar um novo comportamento.

Já as punições possuem o objetivo de extinguir e diminuir determinados comportamentos, visto que sua consequência é algo ruim.

A punição ocorre quando algo ruim é adicionado ao comportamento a fim de que ele não aconteça mais. Um exemplo seriam as multas de trânsito, que são aplicadas nos indivíduos que infringiram alguma lei, a fim de que repensem e não repitam o comportamento de exceder a velocidade, por exemplo.

Agora que você já sabe o que é reforço positivo, reforço negativo e punição, confira o experimento de Skinner, bastante conhecido na área da Psicologia comportamental.

Condicionamento operante: “A caixa de Skinner”

O psicólogo Skinner realizou um experimento, a fim de comprovar a sua teoria, conhecido como “caixa de Skinner”.

Esse experimento consistia em colocar um rato dentro de uma caixa fechada que continha apenas uma alavanca. Cada vez que o rato interagia com a alavanca, era ativado um mecanismo que proporcionava ao ratinho alguns benefícios como água, comida ou luz.

Skinner também fez alguns modelos da caixa que quando o rato interagia com a alavanca, a mesma emitia choques.

O psicólogo estabeleceu alguns critérios, como o ratinho se aproximar da alavanca, utilizar a pata ou o focinho para pressionar várias vezes a alavanca.

Quando acontecia um desses comportamentos, o alimento era entregue ao bichinho, em forma de recompensa.

Resultado dessa experimentação, foi que o ratinho aumentava a frequência dos movimentos, resultando em mais recompensas positivas. Já os movimentos que não geravam nenhuma recompensa, o ratinho ia parando de fazer.

A partir dessa experiência, Skinner realizou modelagem de diversos pacotes comportamentais em espécies distintas.

Viu só quão interessante é a psicologia comportamental?

A psicologia é uma ciência incrível,  pois ela é capaz de explicar comportamentos e além disso estimular os comportamentos desejados.

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